quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Brasil: Saúde e Educação por Gabriel Magalhães

A cultura de dominação do Estado, com seu caráter discriminatório e excludente estão instalados desde a ascensão do capitalismo, sistema que se desenvolveu desde os fins da Idade Média e se estabeleceu nos séculos XVIII e XIX na Europa Ocidental posteriormente se espalhando por todo o mundo. O surgimento da propriedade privada perece ter sido a semente desse sistema que estratificou a sociedade em duas classes bem distintas. De um lado, o que se chamou “burguesia”, detentores da propriedade privada dos meios de produção, que contratam trabalhadores por meio do trabalho assalariado. De outro, o que se chamou “proletariado”, que, nada possuindo além de sua força de trabalho, tiveram de vendê-la em troca de um salário.

O modo de produção capitalista cria uma sociedade de consumo ao mesmo tempo em que segrega classes em função do poder aquisitivo das mesmas. A sociedade está escalonada basicamente em função do seu poder de compra. Isso também interfere não só em relação aos bem materiais, como também reflete na Saúde e Educação que são bens imensuráveis à uma sociedade e ótimos indicadores do desenvolvimento de uma nação. A precarização da Saúde e Educação é observada não só nos países subdesenvolvidos como em países desenvolvidos e em desenvolvimento que é o caso do Brasil. Um exemplo clássico disso é o intrigante paradoxo da coexistência no Brasil de elevados índices de doenças infecto-parasitárias, característico de países subdesenvolvidos, devido á falha nos sistemas de saneamento básico, higiene, educação e doenças crônico-degenerativas que refletem maior longevidade e expectativa de vida de uma população devido a avanços médico-tecnológico além de melhoria nas políticas de saúde. Têm-se o aparato técnico-científico, detêm-se tecnologias das mais diversas, então por que as taxas de mortalidade infantil ainda são altas? Por que se morre de fome ainda hoje no país? Por que ainda há índices de doenças oriundas da falta de saneamento básico como as verminoses e protozooses?

Todos os avanços e melhorias na Saúde e na Educação, ou pelo menos a grande maioria, são fruto da mobilização e reivindicação das massas. Talvez a estagnação dos movimentos em prol da sociedade seja explicada pelo descrédito da população na política, em muitos acreditar que tais problemas estão nas mãos dos representantes no Congresso Nacional e apenas eles tem o poder de conduzir a política no país. De certa forma, parece ter sido criado um aparato estatal que adormeceu o espírito de luta dos movimentos sociais e ao mesmo tempo os asfixiou impedindo-os de tomarem proporções tão grandiosas como se observou em nosso passado não tão longícuo, talvez nem a ditadura tenha conseguido abafar e trucidar tão eficazmente os movimentos sociais. A necessidade da retomada de tais movimentos é iminente, a sociedade precisa do fulgor desses movimentos para a libertação do “cabresto” social em que todos estão inseridos. É preciso voltar a acreditar nos jovens, nos novos jovens de hoje. A perplexidade congela o homem diante do disparate social em que se vive, e os mantêm estáticos diante da situação da Saúde e da Educação no país. Assim como as corrupções, golpes, falcatruas e alguns outros atos não-éticos e não-legais caem no esquecimento em questão de dias, de maneira que as correntes da dominação parecem rígidas ao ponto de chegarmos a pensar na impossibilidade de sua quebra.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Coronectomia

Coronectomia é a remoção da coroa de um dente, deixando a raiz ''in situ''. Quando aplicado a um terceiro molar ou qualquer dente posterior da mandíbula não irrupcionado, é uma medida tomada para evitar danos ao nervo alveolar inferior (O’Riordan, 2004). A incidência de danos para o nervo alveolar inferior ao remover terceiros molares varia de 0,41% a 8,1% para falta de sensibilidade os temporária e de 0,014% para 3,6% para a permanência prolongada dos sinais e sintomas. No entanto, estes dados dizem respeito à incidência de danos, em extrações de terceiros molares com os mais variados graus de dificuldade.

Segundo Howe e Poyton (1960), quando as radiografias indicam intima relação do nervo alveolar inferior com raízes de terceiros molares a incidência de danos ao nervo sobe para 35%.

Rood e Shehab em 1990, comparando os sinais radiológicos para a real incidência de danos causados ao nervo alveolar inferior, constataram que três sinais radiológicos foram estatisticamente significantes como preditivos para o trauma do nervo alveolar inferior. Eles relataram que quando o sinal mais grave foi presente nervo foi afetado em 30% dos casos.

Pericoronite está relacionada à persistência de restos do folículo pericoronário onde a coroa clínica não pode entrar em erupção. O folículo age como uma profunda bolsa periodontal e é freqüentemente o local acometido por infecção. A remoção da coroa juntamente com restos teciduais do folículo pericoronário, como mostra a figura 1, deverá aliviar o problema (Freedman, 1992).


Referencias Bibliográficas


O’Riordan Brian C. Coronectomy (intentional partial odontectomy of lower third molars). Oral surgery ,Oral Medicine, Oral Pathotogy, Oral Radiology, and Oral Endodontology. Vol. 98 No. 3 September 2004. Editor: James R. Hupp.


Howe GL, Poyton HG. Prevention of damage to the inferior dental nerve during the extraction of mandibular third molars. Br Dent J 1960;109:355 63.

Rood JP, Noraldeen Sheehab BA. The radiological prediction of inferior alveolar nerve injury during third molar surgery. Brit J Oral Maxillofac Surg 1990;28:20-5.


Freedman GL. Intentional partial odontectomy: report of a case. J Oral Maxillofac Surg 1992;50:419-21.